Eu quero mais independência. Mais sonhos, mais
oportunidades e outros lugares. Outras pessoas, outros caminhos a se seguir,
outros desejos. Todos vão se amontoando dentro de mim, e junto à vontade de
perseguir o mundo e não viver só neste lugar tão pequeno que estou, me tornam
uma pessoa que quer conhecer tudo. Lugares do qual nunca imaginei,
pessoas que nunca pensei que encontraria ou outros costumes diferentes. Viver
um pouco de diferença. É engraçado como sempre nos prendemos ao habitual, ao de
sempre. Não queremos conhecer o que o mundo – tão grande e tão cheio de
experiências -, nos aguarda apenas por medo. Qual seria a graça se permanecemos
sempre com nossos objetivos, agora que nos parecem tão minúsculos perto do
tanto que ainda queremos descobrir? Existem coisas que vão além de comprar uma
roupa bonita ou chamar a atenção de quem você quer. Para alguns, podem ser as
coisas mais importantes da vida. Para mim, representam só uma parte de
experiências que ainda não vivi, mas quero viver. Precisamos aprender
finalmente que a vida não é um mar de rosas. Que todos esses problemas que vivemos
e que nos parecem tão grandes não são nada perto do que ainda vamos enfrentar.
Não se comparam ao tamanho de coisas diferentes que podemos fazer, viagens de
lugares que podemos conhecer e experiências que vamos guardar. O nosso mundo,
para nós, se parece o centro de tudo. Mas, devo decepcioná-los: não é. Somos só
uma pequena parte de algo muito maior que qualquer um de nós. Aqui, em outra
cidade, em outro país, existem pessoas diferentes. Vidas diferentes, e outras
até que podem parecer como as nossas: pessoas que não tem a ideia de que, no
outro lado do mundo, podem existir muitas coisas diferentes do qual estamos
acostumados. Não podemos ter esse complexo de “eu-sou-o-centro-de-tudo” por
que, sinceramente, não somos. E nem seremos. Existem pessoas que passam por
problemas exatamente iguais aos nossos, e outras que passam por outros muito
piores. Existe mundo fora de nossas salas escolares, fora do nosso olhar
atento, da nossa amizade, das nossas conquistas e do bairro em que vivemos.
Existem muitas coisas diferentes fora do nosso círculo de amizade, do nosso
lugar preferido a se visitar ou a cidade mais distante que já viajamos. E sabe
porque eu gosto dessa ideia de conhecer o mundo, as pessoas, sem medo de
mudanças? Por que são essas coisas que me trarão experiências. Arriscar-se, sem
ter medo. São com elas que eu vou aprender que eu sou pequena em um mundo como
esse. E ainda existem coisas demais a se descobrir.
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